"Desculpe, importa-se de nos tirar uma foto?"

A frase do título está completamente desatualizada e quando a proferimos somos equiparados a aliens amarelos às pintas pretas acabadinhos de descer da nave, pois toda a gente tem, seja mar adentro ou junto a um monumento numa grande cidade, um selfiestick, o "famosopauquetirafotografiasparaquenãosejaprecisopediraninguém".

Ensaia-se o melhor sorriso, cenário e ângulo e click,
Depois desfaz-se muito rapidamente o sorriso, e toca a andar até ao próximo cenário.
Click. Click.

E as férias são passadas a mostrar e a ver o mundo através de um telemóvel, numa felicidade fútil recheada de barrigas encolhidas e de pescoços levantados, a partilhar a nossa melhor pose sem pregas nem manchas.
E um bom exemplo é quando se vê dois miúdos, com 12/13 anos,  que deviam estar pela primeira vez no mar este ano, e a miúda saca do telemóvel e se põe a filmar o mar.

As melhores imagens guardam-se na memória de um aparelho fantástico - o cérebro.

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